5 de nov. de 2015

In Love With You - Capitulo 2 - Friendly, polite and gentleman. Only!



P.O.V Hailey:

Passados alguns longos dias, finalmente chegou o Natal! E esse seria um Natal especial, pois nos reuniríamos na casa do Justin e Julie pela primeira vez.
Eu estava muito animada, meu irmão estava mais feliz do que nunca, agora que seria pai, e Julie também estava maravilhada com a maternidade. Sentia-me mais do que feliz por eles, ainda mais por Julie. Ela o amou por tantos anos, nunca desistiu do que sentia e me convence de que o amor é capaz de nos dar força para alcançar tudo. Era um exemplo de fé e perseverança, e melhor amiga e irmã.

Levo vários presentes na bolsa. Sou uma negação na cozinha, e isso impossibilita uma contribuição gastronômica. Desço de elevador até a garagem e coloco tudo no porta-malas do meu carro - um New Beetle conversível, mas velhinho, que eu tinha pena de me desfazer. É um carro feminino, fofo, branquinho, com bancos de couro. Eu o comprei na época da faculdade, e apesar de ter condições de trocar de carro com o salário de advogada, tenho pena de me desfazer do Bee. Pois é: até nome meu bichinho tem.
Sento-me no banco do motorista, viro a chave e... nada. Droga, bee, você não vai fazer isso comigo agora, né? Mais algumas tentativas e nada da droga do carro funcionar. Ryan vivia dizendo que eu deveria trocar de carro, mas da uma pena... Ryan... Droa! Vou ter que ligar para ele e pedir uma carona.
Tiro o celular da bolsa, dou um toque na discagem rápida e seu nome aparece, enquanto completa a ligação.
- Oi, princesa. Já chegou? - ele pergunta, com um tom de voz baixo e rouco que me desperta... sensações.
- Hum... não. Meu carro não quer funcionar. - Começo e ele nem me dá chance de continuar.
- Me dá quinze minutos, vou sair daqui a pouco e te pego. Vamos juntos.
- Você acha que as pessoas vão sacar? - pergunto preocupada. A última coisa que eu quero é que as pessoas achando que estamos juntos, apesar de estarmos. Nossa, que confuso! Ouço um suspiro do outro lado da linha. Então Ryan responde:
- Não, princesa. É só a gente dizer que seu carro quebrou  eu te dei uma carona. Nada de mais.
- Ok - eu respondo animada. - Então estou te esperando.

(...)

Chegamos em Santa Monica quase ao mesmo tempo que George e Ben. Justin ainda estava cumprimentando os dois quando tocamos a campainha.
- Ryan, Hay! Vocês chegaram ao mesmo tempo? - Justin pergunta, encarando-nos de um jeito desconfiado. Ele não estava acostumado a nos ver juntos.
- Não, viemos juntos - Ryan responde, e eu lhe dou um olhar meio aborrecido.
- Meu carro quebrou, e Ryan fez a gentileza de me dar uma carona - completo, beijando meu irmão. Ao avistar Julie e George, dirijo-me a eles, meus melhores amigos.
- Deixa eu passar a mão no meu sobrinho - digo, pegando na barriga da Julie, antes mesmo de dar "oi".
- Hailey, você sabia que a Julie esta ai, carregando essa barriga? - Justin pergunta, fingindo estar bravo comigo.
- Sei, sim, mas o baby tem prioridade sobre vocês dois - respondo, ainda fazendo carinho na barriga da Julie, que parece orgulhosa de estar carregando o centro das atenções da família.
Quando acho que já fiz festa suficiente para o bebê, abraço Julie, e George abraça a nós duas.
- A amizade dos três é tão bonita - minha mãe fala, entrando na sala com a toalha na mão para arrumar a mesa do almoço.
- É verdade - Justin concorda, no momento em que a campainha toca novamente. Quando ele abre a porta, me surpreendo com a presença de Chris e Cody, seu irmão mais novo.
- Ei, caras. Entrem! - Justin os cumprimenta. Estou satisfeita por Chris ter aceitado o convite de natal.
Meu irmão e ele começaram com o pé esquerdo, mas hoje ele entende melhor a parceria musical entre Chris e Julie, e que eles são apenas amigos. Os dois tiveram uma conversa séria. na semana do noivado, na qual Chris garantiu que tem um carinho de irmão por Julie e que gostaria que ele e Justin pudessem ser amigos. Meu irmão aceitou o pedido de trégua.

Em uma de nossas conversas, Justin me explicou sobre as mudanças que estavam acontecendo na sua vida. Contou-me que estava passando por um processo de transformação e achava que deveria recomeçar com todas as pessoas com quem tivera algum problema. Lembro-me dele dizendo: "Não que eu seja um cara bonzinho, Hay. É que agora tenho certeza dos meus sentimentos e dos da Ju. O relacionamento que estamos construindo é algo tão profundo que não faz mais nenhum sentido sentir ciúmes do Chris, o ex arrogante". Soltei uma gargalhada com seu comentário e falei que Chris iria passar o Natal sozinho com o irmão mais novo, que morava com ele. Então Justin os convidou para almoçar conosco.
Ao entrar, os irmãos foram cumprimentar Ryan e meu pai. Julie sorriu orgulhosa para Justin pelo seu comportamento civilizado. Olá, Sr. Educado. Adeus, Sr. Ogro Ciumento.

Nos dividimos entre ajudar minha mãe a arrumar a mesa do almoço e nos acomodarmos para assistir o jogo dos Lakers na confortável sala de TV que Justin fez questão de montar em sua casa.
A sala era repleta de poltronas macias de couro e tinha uma TV que parecia uma tela de cinema. No fundo da sala, havia uma mesa de sinuca e outra de pôquer. Julie dizia que Justin e seus amigos se divertiam demais por ali, e eu tinha que concordar.
Percebi que quando todos estavam animados com o início da partida, Jus olhava distraído para um canto da sala.
- Jus, está tudo bem? - perguntei. Nós sempre fomos muito próximos, muito ligados. E eu me preocupava demais que ele pudesse não estar bem.
- Tudo, Hay. Eu só estava olhando a sala e me dei conta de que, num futuro muito próximo, eu e o Mini-Mim estaremos aproveitando essa sala juntos, com nossos brinquedos - Ele abre um sorriso enorme. - E eu mal posso esperar.
- O que é Mini-Mim? - pergunto curiosa.
- É como eu chamo o bebê - ele começa a explicar, e Ryan se aproxima para ouvir. - Eu tenho certeza que vai ser um menino, então eu o chamo de Mini-Mim.
- Mas, Jus, e se for uma menina?
- O destino não brincaria comigo dessa forma, me dando uma filha para criar nesse mundo cheio de cafajestes, safados e mulherengos, como eu fui. Nãoooooo, senhoras e senhores! - ele explica, fazendo graça para nós. - O destino não é uma fêmea vingativa na TPM, tanto que se chama "O" destino, no masculino. Ele, o destino, é um cara legal que não sacaneia os pais de primeira viajem, ceeeeeeeeeeeertooooo? - Ryan e eu gargalhamos com sua explicação completamente maluca.

Olho para o lado e vejo Cody, abaixado no chão, brincando com Pepper. Ele é um menino sério. Deve ter uns catorze anos e não é muito sorridente. Imagino a dificuldade de ser criado pelo irmã mais velho. Não sei muito sobre a vida do Chris, mas sei que ele cuida do irmão e que eles não tem contato com os pais. Pepper lambe a bochecha dele, arrancando um sorriso do menino, deixando-me mais tranquila. Mesmo não tendo outras crianças aqui, ele vai conseguir se divertir.
Neste momento, a campainha toca. Deve ser Chaz, o único que falta chegar - a Jennifer, médica do Cedars Sinai que virou nossa amiga, só deve vir á noite, depois do plantão. Vou atender, com um sorriso no rosto, pensando como a vida faz as pessoas mudarem. Ano passado, no natal, meu irmão só queria saber de ter um corpo quente na cama. Este ano ele está aqui, feliz por estar festejando com amigos, a família e a mulher que ele ama.
Depois de receber Chaz e apontar o templo masculino, volto para a sala, ao encontro de George e Julie.
- Garotinha, o que está acontecendo com o Bieber Boy? Fez implante? Clareamento dentário? Nunca vi esse menino arreganhar tanto esses dentes como hoje! - Não posso com George. Ele continua me fazendo gargalhar.
- Georgeeee!! Para!! - Julie solta uma gargalhada. - Ele está feliz.
- Está feliz mesmo. Nunca vi meu irmão assim - falo sorrindo. Estamos todos impressionados com a carinha dócil dele.
- Hay, por falar em feliz, Ryan anda com um brilhinho no olhar. Sabe o que está acontecendo com ele? - George está desconfiado de alguma coisa. Só pelo levantar de sobrancelhas eu já sei.
- Por que e saberia, George? Nós não somos amigos - respondo, sentindo-me desconfortável e tentando disfarçar.
- Você tem andando muito com ele para quem não é "amigo" - George fala, desenhando aspas no ar. - Estou de olho em você, mocinha. Não pense que eu não percebi que essa é a segunda vez que você pega uma "carona" com ele.
- Segunda? Você está imaginado coisas. - Eu sinto meu rosto esquentar. Julie olha para nós dois, com a boca aberta.
- George, quando você cisma com algo, dificilmente está errado. Mas... Hay e Ryan? Não... acho que dessa vez você se enganou - Julie se coloca em minha defesa.
- A primeira foi quando você ficou internada. Até cabeça no ombrinho dele teve, garotinha! - George fala, e vira-se para mim. - Depois ele a levou para casa, porque ela estava muito cansada, coitadinha...
Sinto meu rosto ficar completamente vermelho.
- George! Deixa de besteira. Ryan só foi educado comigo. Todo mundo foi embora naquele dia. E a casa dele é mais perto da minha, a antiga casa do Chaz era mais longe.
- Não fique nervosa, meu bem. Eu ainda não descobri o que está rolando. Mas vou descobrir, ou não me chamo George Preston - ele fala e sai da sala como um coelho saltitante, como sempre faz quando se sente desafiado.
Eu e Julie olhamos uma para outra sem entender nada.
- O que foi isso? - ela me pergunta.
- Não faço ideia, mas ele está cada dia pior.
- Você quer me contar alguma coisa, Hay? - Balanço a cabeça em negativo, sacudindo meus longos cabelos. - Eu sou sua amiga, não se esqueça disso. Você sempre pode falar comigo, ok?
- Ok - respondo e olho para o chão.
- Vamos terminar de arrumar a árvore? - Julie me chama mudando de assunto, e eu abro um sorriso concordando. Passo o braço por seu ombro enquanto ela alisa a barriga com a mão direita. - Este ano temos muitos presentes! - Quando chegamos perto da árvore, Julie para de repente. - Amiga, vamos para a outra sala? Quero chamar o Jus.
- O que houve? Está se sentindo mal? - Minha voz sai preocupada, e ela dá uma risada, tentando me tranquilizar.
Não, amiga. É que ver a árvore de Natal me deixou com desejo de comer bolinho de bacalhau com sorvete de creme.
- Arghhh... bolinho de bacalhau com sorvete de creme? Não é nojento? - Olho para ela fazendo uma careta.
- Não, não. Bolinho com sorvete mesmo! Vamos, preciso achar o Jus, antes que meu bebê nasça com cara de bolinho de bacalhau. - Ela me puxa em direção á porta. - Preciso achar o único homem capaz de compreender meus desejos de comida.

(...)

Foi incrível! Passamos o dia rindo, na companhia dos amigos e da nossa família, como há muito tempo não fazíamos. Agora nossa festa estava animada e a família completa. Todos já tinham chegado, inclusive Jennifer com a pequena Maggie. Tivemos a felicidade de conhecê-la no hospital, quando Julie foi fazer a primeira ultrassonografia para saber se o bebê estava bem, e desde então não nos separamos mais. Ela se tornou uma amiga querida, e Maggie é como se fosse minha sobrinha, de tão apaixonada que sou por ela.
Chris conectou seu iPod no som e uma seleção de músicas alegres está tocando desde o início da festa e Natal. Olho ao redor da sala e vejo Ryan e Chaz conversando, mas seu olhar imediatamente mira o meu. Eu disfarço e começo a conversar com Jeny. Perto deles estão Chris e Ben, conversando animadamente. Cody está sentado no sofá ao lado de George, ensinando alguma manobra num jogo 3D que Chris comprou para ele. Julie está em pé perto da mesa, olhando em direção ao centro da sala.

Meus pais estão dançado abraçados. Minha mãe está com a cabeça encostada no ombro do meu pai, que está de olhos fechados. Eles são embalados pela voz de Ed Sheeran cantando " Thinking Out Loud". É tão lindo ver os dois juntos, tão unidos, mesmo depois de anos de casamento. Olho para Julie e vejo seus olhos se encherem de lágrimas. Ela pisca, tentando afastá-las, e pega um copo d'água para tentar se reequilibrar.
Meus pais se movimentam e vejo, atrás deles, Jus balançando o copo, no ritmo da música, de costas para mim. Oh, Deus, acho que ele não está bem. Jus jamais dançaria assim, sozinho, no meio da sala. Ele se vira um pouco e vejo uma pequena mão gordinha segurando seu ombro. Eu me movo para perto da janela e consigo vê-lo de olhos fechados, dançando com a pequena Maggie no colo, que parece adorar o balanço.

Olhando meu irmão dançar de forma tão delicada com Maggie, tenho a certeza de que não importava se o bebê form menino ou menina, ele será um pai maravilhoso. Olho para Julie e a vejo passar a mão sobre o ventre, enquanto as lágrimas caem, agora livremente. Tiro algumas fotos com o celular, e sorrio ao ter o privilégio de ver aquela cena tão linda!
Não consigo segurar a emoção ao ver como ele mudou e amadureceu. Se eu tinha alguma dúvida, ainda que pequena, a respeito do futuro dos dois, acabou aqui e agora, ao ver o homem em que Justin tinha se transformado.
As vezes me sentia preocupada, achando que eram muitas novidades para um ex-mulherengo assimilar, mas naquele momento tive certeza de que ele estava realmente envolvido e feliz com o giro que a sua vida tinha dado.

Percebo que a música está acabado e vejo Julie sair da sala discretamente em direção ao banheiro. Vou atrás, bato na porta de leve e ela abre, com a carinha assustada.
- Ju, amiga. Está tudo bem? - pergunto, tentando dar uma entonação tranquila.
- Sim, eu vim lavar o rosto. Os hormônios estão me matando. E ver Justin dançando com Maggie foi demais para o meu emocional.
- Tenho que confessar que eu também senti vontade de chorar. A Jenny me disse que ela nunca teve uma figura masculina, e criança sente falta, né? Além isso, foi lindo demais o Justin dançando com ela. Olha o que eu consegui. - Pego o celular do bolso e mostro várias fotos dos dois dançando.
- Pode me mandar essas fotos depois? Vou mandar imprimir e colocar um porta-retrato. Ficaram tão lindas.
- Claro, Ju. Você é uma mulher de sorte. Ele vai ser um ótimo pai, assim como já é um ótimo marido.
- Mas nós ainda não somos casados... - ela fala, parecendo confusa.
- Eu sei. Mas vocês moram juntos e não e um documento que vai fazer dele mais seu marido o que já é... Agora vá lacar esse rosto, antes que um certo "marido" venha até aqui para saber o que está acontecendo. - Dou uma risada.

Ouvimos uma batida na porta. Abro com a certeza de que é Jus, mas dou de cara com George, que ri para mim, levantando a maleta de maquiagem que ele nunca deixa em casa.
- Tem alguém aí precisando de um atendimento de urgência?  - ele pergunta, me fazendo soltar uma gargalhada. Abro passagem para ele. - Garotinha, dessa vez você não perdeu a calcinha, né? - ele pergunta a Julie, lembrando-se da última vez que precisou fazer uma maquiagem de emergência, quando estavam no After Dark e ela e Jus tiveram o primeiro momento "íntimo".
- Não, a calcinha está no lugar - ela responde, e nós todos rimos. Ele então a coloca sentada e começa a fazer a magia.

Poucos minutos depois, George fecha a meleta e eu olho para Julie através do espelho. Nem sinal de lágrimas em seu rosto. Sorrimos para ele, e nos aproximamos para um abraço coletivo.
- Obrigada, amigo. Não sei o que faria sem você.
- Nem eu - completo.
- Teriam que me conhecer de qualquer jeito, queridas. Ou duas vidas são seriam tão emocionantes.
Nós saímos do banheiro ás gargalhadas, de volta para a festa. George com certeza é o melhor amigo que uma garota poderia ter.

(...)

P.O.V Ryan:

Vejo Hay caminhando pelo corredor, na companhia de George e Julie. Eles três estão rindo e ela está incrivelmente bonita, num vestido estampado com flores vermelhas, um salto muito alto e carregando o presente que lhe dei no pescoço: um colar de ouro branco, com um pingente em formato de uma gota em esmeralda.
Eles param próximos á mesa de jantar e sua mão sobe até o pingente. Já tinha percebido que ela fazia isso inconscientemente, e adoro saber que meu presente, dado ontem á noite depois que fizemos amor, é lembrado constantemente por ela.
- Meu filho, esse cabelo está ficando grande - Mary chama minha atenção, e eu sorrio para ela.
- É verdade - eu respondo passando a mão no cabelo, lembrando de Hailey. - Vou ver se corto esta semana.
- Não precisa cortar. Está grande, mas combina com você. Principalmente com esse olhar comprido que você anda para uma certa pessoa - ela fala e olha significativamente em direção a Hay.
- Não... Pattie, você...
- Querido, conheço você como a palma da minha mão. Uma mãe não se engana. Mas leve seu tempo para resolver as coisas. Ela vale a pena - Pattie fala de forma enigmática e pisca para mim, saindo em direção a Jemy. Se Hay soubesse que sua mãe anda pensando coisas a nosso respeito, ela fugiria correndo para as colinas.

Finalmente, chega a hora da troca de presentes. Trouxemos presentes para todos e eu já ganhei camisas, CDS e livros. Dei a Hay um vale SPA, que também valia para George e Julie. Não tirei os olhos do colar em seu pescoço na hora de entregar o envelope.
Então, George entrega uma caixa a Hay, que vem em minha direção. Ela me deseja feliz Natal e entrega a grande caixa vermelha. Mesmo estranhando o fato de ela me presentear com algo na frente da família, abro a grande caixa e me deparo com... meias. Ela me deu meias de presente?
- O que você ganhou, meu filho? - Pattie pergunta, parecendo curiosa.
- Meias - respondo, sem conseguir disfarçar a decepção. Ela me deu meias? - Você me deu meias de Natal? - eu pergunto, sem acreditar.
- Ah, meias são úteis. E como não temos muita intimidade, achei que era um presente mais... adequado - responde, sorrindo de leve, como se estivesse rindo de uma piada que só ela conhece.
- Mas meias... de Natal? - eu pergunto, só com o movimento dos lábios, decepcionado, para que ninguém visse. Dá pra acreditar nisso?
- São meias brancas? - George pergunta e eu balanço a cabeça concordando - Você pode fazer uma performance só de meias, não iríamos nos importar.
A sala inteira vem abaixo com gargalhadas e até eu não consigo segurar o riso. Olho para o lado e vejo Julie chorar de tanto rir.

Levanto para pegar uma taça de champanhe, e ela se aproxima da mesa, servindo-se de uma taça também. Nossos olhos se cruzam e eu pergunto, mais uma vez, baixinho:
- Meias, princesa?
- Você sabe - ela começa, falando tão baixinho quanto eu - que muitas vezes nem tudo é o que parece ser. - O rosto dela muda e ela me dá aquele olhar safado de quando estamos fazendo amor.
- O que você quer dizer com isso? E que olhar é esse? Você não está insinuando que eu vá te amarrar com todas essas meias, não é? - Começo a ficar preocupado com esse ar de gatinha selvagem.
- Seria tentador, mas eu, se fosse você, examinaria seu presente melhor - ela fala, sorri e se afasta em direção a Julie e Jennifer. Volto para o sofá, abro a caixa novamente e resolvo olhar as meias com mais atenção. É uma grande caixa e tem cerca de vinte pares de meias enroladas. Pego uma das meias e resolvo desenrolar para ver o que tem de tão diferente que precisa de um "exame mais apurado"
- É uma bela meia - Chaz fala, sentando ao meu lado, enquanto todos conversando.
Por que ela me daria meias de Natal? Eu me pergunto, ainda encucado. Não sou um cara de meias. Cuecas eu até acharia útil, mas meias?
Chaz se distrai com Chris e resolvo olhar dentro da meia e encontro um papel dobrado. Quando o abro, quase caio do sofá. Está escrito com a letra dela em caneta vermelha:

Você ganhou um vale-sacanagem.
Escolha sua brincadeira e troque por este vale. 

Vale- sacanagem?! Essa mulher que me matar. Levanto discretamente e vou até um dos quartos de hóspedes da casa, com a desculpa de ir guardar meus presentes caso alguém me pergunte onde estou indo. Entro no quarto, acendo a luz e tranco a porta. Começo a desenrolar todas as meias rapidamente e encontro os mais diversos tipos de vales, um em cada pé de meia. Tem desde vale-rapidinha-na-cozinha até vale-transa-nos-fundos-do-After-Dark. Tenho quarenta papeizinhos que me garantem as mais diversas fantasias. Guardo os papéis na minha carteira, para não correr o risco de alguém mexer e ler o que não deve. Retorno para sala, sem tirar os olhos de cima dela.
Ela, então, olha para mim novamente e sorri, enquanto faço planos silenciosos a respeito de qual vale usarei primeiro. A noite segue, divertida. Chris pega seu violão e canta com Julie Love Someone, além de outras músicas. Muitas horas depois, chega o momento de irmos embora. Nos despedimos de todos e entramos em meu carro. Olho para Hay e ela sorri para mim, mas eu continuo sério, olhando para ela.
- Ryan? Está tudo bem? - ela pergunta preocupada.
- Sim, princesa.Estou só decidindo qual vale vou usar primeiro essa noite.
- Hummmmm.

Nossa noite estava só começando.

Continua...


Ai está o segundo capitulo amores, me perdoem pela demora mas esta muito corrido para mim. Pelo menos o capitulo ficou grandinho, do jeito que vocês gostam <3 
Espero que vocês tenham gostado princesas :)
Não se esqueçam de COMENTAR e seguir o blog.

AMO VOCÊS <333

Capitulo dedicado a: Fanny Sales.
Foi a primeira e única que comentou meu aviso sobre a volta de Crazy For You, nada mais justo começar dedicando a ela *-*


9 comentários:

  1. O meu gosh...
    O Justin tá tão fofinho da volta de de apertar rsrsrs Quezia eu quero saber logo se é menino ou menin, a curiosidade está me matando... imagina se for menina o jus vai morrer kkkk tadinho....
    Dona Pattie como sempre mttt espertinha ne!?
    O George tbm não fica para trás já está desconfiando da Hay e do Ray. Vamos combinar q eles tem q assumir logo ne pq se o jus descubrir sem eles falarem, não sei nem como ele vai reagir, talvez ele leve numa bo, mas vai q ele não leve ne?!
    Hay não pensei q vc fosse tão safadinha assim hein pra mim vc era mais santinha, se bem q essas são as piores rsrsrs
    Como vc disse q o Ray q gostava de mandar eu pensei q ele faria essas coisas mas vc realmente me surpreendeu kkkkk de santinha não tem nada...
    QUEZIAAAA
    C
    O
    N
    T
    I
    N
    U
    A

    Pfffff
    Como eu sempre digo o blog e os cacapítulos estão maravilhosos...
    Sinceramente sua ibh é a MELHOR DE TODAS☆☆☆☆☆... Eu to falando sério hein
    Continua anjo pq tá perfeito ♡
    #Quelieber #Quelover #MelhorIBHDeTodas
    bjusss... te amooooo♡♡♡♡

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Não esqueça q nós queremos um capítulo com as noites da Hay e do Ray hein...

      Excluir
    2. Sabia q vcs iriam gostar do Justin fofinho e pai de família comportado u.u kkk
      Logo logo irão saber, isso vai ser uma surpresa. Pattie e George sempre sabem de T U D O, literalmente! rs
      Ainda vão rolar algumas coisas antes de eles resolverem assumir o namoro, é ai que a história ganhar emoção :)
      Hay é super ousada, isso não é NADA! E noites "quentes" é o que não vão faltar nessa temporada, aguardem u.u kkk
      Continuo sim meu anjo, obrigada por tudo! <3

      beijinhos, amo vc *-*

      Excluir
  2. Meu deus em hahahahahah só quero vê o Ryan com a Hay !! Continua logo linda <3

    ResponderExcluir
  3. Aaaaah meu amor ficou tão lindo tá até parecendo fim do imagine huehue eu amei serio juro que chorei com esse capítulo com fofurisse ao extremo Haha <3
    Cara eu morri de RI com as falas do meu Sr. Porpurina ainda maos com essa "São meias brancas? - George pergunta e eu balanço a cabeça concordando - Você pode fazer uma performance só de meias, não iríamos nos importar." ele é demais né ? Tinha que ser lol
    Agora deixa eu te falar uma coisa acho que a Hay e o Ry poderiam se assumir né eles são tão lindinhos e aposto que todo mundo iria apoiar até o Jus.... E tipo tá estampado na testa dos dois que tá acontecendo algo até a Partir percebeu :3
    Maaaaano amei esse presentinho da Hay viu bem a cara dos DOIS adoooooooro Haha
    AMOOOOOOR CONTINUA LOGO TÁ PERFEITO NÉ ÓBVIO MARAVILHODO E EU NECESSITO DO PRÓXIMO CAPÍTULO PRA ONTEEEM BJOOOS ❤❤❤❤❤

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ficou parecido mesmo, enquanto eu escrevia eu pensei nisso :')
      George e suas falas baphonicas, impossível não rir com ele! kkkk
      Então, a Hay está meio pé atrás com isso! Mas a história é boa, pelo menos eu acho que vcs irão curtir *-*
      Presentinho básico #sqnKKKKK

      Continuo meu anjo, com certeza.
      beijos <3

      Excluir